Treinamento funcional é mais eficiente que musculação
O treinamento funcional é considerado o futuro dos exercícios físicos. Em alguns países já substituiu a combinação "musculação e atividade aeróbica". No Brasil, está sendo introduzido aos poucos nas academias, mas, onde chega, faz sucesso. "Esse treino é mais divertido, mais lúdico e menos chato que o convencional. Além disso, os resultados aparecem muito mais rapidamente. O corpo fica equilibrado, forte e veloz", afirma o treinador Rodrigo Assi.
Nesse método, o peso do próprio corpo é o principal equipamento. Mas alguns acessórios, entre eles elásticos, bolas e discos de equilíbrio também são utilizados. "O importante é que não se pratica exercícios localizados, e sim padrões de movimentos, como puxar, empurrar, arremessar, agachar e levantar e o tronco. Cumprir uma tarefa, em vez de uma série de musculação, envolve muito mais músculos", diz o especialista.
É por essa razão que o treinamento funcional é conhecido por melhorar a execução de atividades do cotidiano. Alguns exemplos são tirar uma mala pesada do chão e colocar em cima de um armário, abaixar para pegar um objeto sob a cama e levantar e pegar uma cadeira extra e levar até a mesa.
Isso acontece, explica Assi, porque os treinamentos funcionais movimentam todas as regiões do corpo de forma integrada, enquanto os exercícios convencionais trabalham algumas partes isoladamente. "Dessa forma, ganha-se força, equilíbrio, velocidade, resistência, agilidade, potência, mobilidade e flexibilidade, ou seja, desenvolve-se um corpo mais inteligente", observa.
Além do trabalho muscular, há a parte aeróbica, que pode ser feita com circuitos em que o aluno corre, pula em uma cama elástica, salta um obstáculo, desvia de cones.
O gasto médio em uma hora de aula é 800 calorias. Correndo durante o mesmo tempo, gasta-se cerca de 700 calorias. "Isso também depende de cada indivíduo e do nível de condicionamento físico dele", ressalta Assi.
Outro diferencial é a prevenção de lesões. Alguns dos exercícios funcionais são realizados lentamente para que se tenha consciência de como cada movimento funciona. Outros de maneira rápida e brusca, onde a instabilidade criada externamente provoca respostas inconscientes ou reflexos.
Quando a integridade de alguma articulação ou ligamento é colocada em risco, é acionado involuntariamente o mecanismo desenvolvido com esses dois opostos de reação, como quando pisamos em um buraco e vários músculos se contraem tentando evitar que o tornozelo seja lesionado.
Antigamente indicado apenas para atletas, por ser considerado um exercício de alto esforço, hoje o treinamento funcional pode ser praticado por todas as pessoas, independente de idade e sexo.
De acordo com o professor, o método abrange todos os níveis de preparo físico, desde a reabilitação de lesões até o desenvolvimento atlético. O que muda é a intensidade da aula.
A frequência considerada ideal é três vezes por semana. Mas Assi lembra que a quantidade de sessões varia de pessoa para pessoa. "Depende do que é melhor para o praticante, segundo seus objetivos, suas condições físicas e suas limitações. Como em todo exercício, deve-se respeitar a individualidade".
Fonte: Minha Vida